Hoje, 19 de outubro, é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama. Dentre variados tipos de cânceres que existem, o de mama “ganhou” uma atenção especial por conta de sua assiduidade, principalmente entre as mulheres.

Os números explicam isso. O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. Em 2018, houveram 2,1 milhões de novos diagnósticos, contribuindo com cerca de 11,6% do total de casos de câncer no mundo.

Nos casos de câncer de mama, as células mais afetadas são as que revestem os ductos mamários ou se encontram nos lóbulos das glândulas mamárias. Os tumores são chamados de carcinomas ductais ou lobulares.

Existem ainda outros tipos de câncer de mama, como os linfomas e os sarcomas, que são mais raros. Os carcinomas não infiltrativos são tumores primários que não atingem outras regiões do corpo.

Já o tumor infiltrativo (invasivo) é capaz de produzir metástases, ou seja, invadir as células sadias que estão à sua volta e se espalhar pelo corpo.

“Por que tantas informações detalhadas sobre a doença, se nem médica eu sou?”, você se pergunta. O alerta é para prender sua atenção. E, principalmente, para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce.

A importância do diagnóstico precoce do câncer de mama

Cerca de 95% dos casos de câncer de mama diagnosticados no início têm chances de cura. Para aumentar a possibilidade de um diagnóstico precoce do câncer de mama, você deve seguir algumas recomendações: 

  • Consultar um ginecologista – a consulta deve ser feita uma vez por ano ao menos, principalmente para mulheres a partir dos 40 anos;
  • Fazer mamografia – a partir dos 50 anos, é recomendada a realização de mamografia de rastreamento uma vez a cada dois anos. Se houver histórico familiar, o médico pode indicar que comece a ser feita mais cedo e com mais frequência.

Já o autoexame (quando a própria mulher se toca), embora seja muito importante fazê-lo para detectar alterações nas mamas, não há evidências de que ajude efetivamente na detecção precoce da doença.

O diagnóstico precoce do câncer de mama aumenta as chances de cura e de um tratamento menos agressivo. Além de ser a melhor forma de evitar que a doença se espalhe.

Fatores de risco

  • Mulheres com mais de 50 anos;
  • Obesidade e sedentarismo;
  • Consumo de bebidas alcóolicas;
  • Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio progesterona);
  • Exposição a radiações ionizantes;
  • Histórico familiar.

Sintomas do câncer de mama

Na fase inicial, o tumor geralmente não causa dor. Porém, à medida que cresce, pode causar algumas alterações que a mulher percebe. Veja quais são os sintomas do câncer de mama:

  • Aparecimento de um nódulo ou de um espessamento da mama, próximo a ela ou na região da axila;
  • Alteração no tamanho ou na forma da mama;
  • Alteração no aspecto da mama, aréola ou mamilo;
  • Saída de secreção pelo mamilo, sensibilidade mamilar ou inversão do mamilo para dentro da mama;
  • Enrugamento ou endurecimento da mama (a pele da mama adquire um aspecto de casca de laranja);
  • Sensações diferentes como calor, inchaço e rubor.

Ter um ou mais dos sintomas do câncer de mama não significa que você tenha a doença. Consulte sempre um médico de confiança, somente ele poderá dar o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para o seu caso.

Como é feito o diagnóstico do câncer de mama?

Diante de um nódulo ou de uma área anormal detectada por uma mamografia de rotina, o médico precisa confirmar ou descartar o diagnóstico do câncer de mama.

Para isto, ele realiza o exame físico e levanta toda a sua história familiar, médica e pessoal. Junto com a avaliação, o médico pode realizar ou solicitar alguns exames.

  • Mamografia
  • Ultrassom das mamas
  • Ressonância magnética
  • Biópsia

Se o diagnóstico de câncer de mama for confirmado, o médico pode realizar ainda outros exames.

O teste de receptores hormonais, por exemplo, identifica se o câncer é ou não sensível à terapia hormonal. Uma análise de outras áreas do corpo também pode ser necessária para ter certeza de que o câncer não se espalhou.

Quando o câncer de mama precisa de cirurgia?

O tratamento de câncer de mama depende do tipo de tumor e também do estágio de desenvolvimento da doença. Para cada tipo de câncer, haverá um tratamento específico e adequado que será definido por meio de exames.

Às vezes, é preciso recorrer a retirada da mama, seja parcial (chamada de quadrantectomia) ou total (conhecida como mastectomia), soluções estas que ainda são um tabu para parte das mulheres.

Há quem se preocupe com a estética, algo natural. Para estas vale ressaltar que hoje em dia é cada vez mais frequente a reconstrução mamária imediatamente após a retirada do tumor. Aquelas que não fazem a reconstrução no momento da cirurgia, podem realizá-la mais tarde.

O outro receio engloba todas as mulheres que sonham em ser mãe e temem em não conseguir amamentar seus bebês. Amamentar é para a maioria das mães um momento especial.

Além de estreitar os laços com seus bebês, fornece um alimento extremamente importante aos pequenos, o leite humano. Com a mastectomia, as glândulas mamárias são retiradas e, assim, não haverá produção de leite.

Caso a retirada seja parcial, é possível manter uma amamentação exclusiva para o bebê. Assim, ele não precisará de complementos, como o leite industrial.

A maioria das mulheres que apresentam a doença pode se deparar com a falta dos seios acompanhada da possibilidade de não poder alimentar seu filho. Mas existem alternativas que podem dar a elas essa percepção.

Algumas mães podem ter a sensação de amamentar seus bebês por meio da translactação. É uma técnica em que o bebê é colocado junto ao peito para mamar o leite por meio de uma sonda próxima ao mamilo.

Dicas de perguntas sobre câncer de mama na consulta médica

Caso você receba o diagnóstico de câncer de mama, é muito importante tirar todas as dúvidas com o médico. Veja algumas perguntas que você pode fazer:

  • Qual é o tipo do meu câncer de mama? É localizado ou invasivo?
  • Qual é o tamanho do tumor?
  • Quantos linfonodos foram encontrados?
  • Qual é o estágio do meu câncer?
  • Quais as minhas opções de tratamento?
  • Qual é o melhor tratamento para o meu caso?
  • Quais são os potenciais efeitos colaterais e o risco deste tratamento?
  • Como este tratamento me beneficia?
  • Este tratamento pode afetar a minha vida de que forma?
  • Serei capaz de trabalhar, de me exercitar e realizar minhas atividades?
  • Quantos meses, a princípio, vai durar o tratamento?
  • Posso fazer reconstrução mamária? Em que momento?
  • Como será o nosso acompanhamento?
  • Para quem eu posso ligar quando tiver dúvidas ou problemas?
  • Em quais situações devo ligar?

Por meio da alimentação saudável, atividade física e do controle do peso corporal é possível evitar 28% dos casos de câncer de mama, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer.

A amamentação exclusiva até os seis meses é também um fator de proteção. “A mulher que amamenta, e amamenta por um tempo prolongado, tem menor risco de ter câncer de mama”, reforça a pediatra Sandi Sato.

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